sábado, 5 de maio de 2012



Popularização da cultura, popularização da educação, popularização dos bons costumes... cota pra isso, cota para aquilo e viva a liberdade, igualdade e fraternidade (parece campanha do Vaticano). Antes que me chamem de nazista, já que quem desconfia do povo só pode ser um carrasco-assassino (a multidão sempre é boa, malvados são os que se acham no direito de se destacar dela - o velho e rentável melodrama de sempre!), e mesmo sabendo que todos os absurdos que a história já registrou tiveram participação direta ou indireta dessa mesma massa humilde e sem rosto, gostaria de dizer que sou totalmente contrário a essa experiência de nivelação generalizada, onde tudo é acessível e ao alcance das mãos - e a ideia de que a prática desse procedimento nos garantiria uma sociedade mais justa e humana. Ao contrário, nos tornaríamos mais mentecaptos e manipuláveis. Deveríamos ter desde sempre o direito à consciência das diferenças e se somos todos iguais em direitos também somos diversos em potencialidades - e não estou advogando à favor dos inteligentes, bonitos e espertalhões em demérito dos fracos e incapazes, estou somente afirmando que somos diversos e há coisas que uns podem fazer e outras coisas que deveríamos saber que não estão disponíveis à nossa competência. Todos tem o direito de buscar a excelência dos seus objetivos, todos tem o direito de emancipar suas inteligências (pra reivindicar a burrice melhor seria ter nascido pombo da Praça da Sé, não?) mas não me venham com a sugestão de implodir com as fronteiras do mundo como se o passaporte livre fosse garantir algum tipo de crescimento intelectual e humano. O teto da Capela Sistina só é o teto da Capela Sistina porque está dentro da Capela Sistina... colocar a obra do Michelangelo exposta num toldo da 25 de Março não trará benefício algum de cultura para os ambulantes, além de desmoronar tudo o que de belo há nessa pintura, projetada para ser experienciada por aqueles que se dispuserem a entrar dentro da tal Capela Sistina. Ufa! Pronto, agora podem me chamar de soldado da SS...

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