quarta-feira, 27 de março de 2013

FUI, INDO...



Há essa coisa de ir
Acorda-se e já se vai
Indo
O onde é demora
O importante é sair
Partindo...

E como o primeiro viver é um despertar sem ser
Pega-se carona no existir
Que já é um partir
Sem saber
Ou sabendo
Vai entender...

E eu que imagino disso conhecer
Quando paro para ver
Já me vou dizendo
Num indo escrevendo
Num andar sem mando...

Se soubesse como parar
Abraçando a pausa que faria morada
Cansaria de medo
De não poder escrever mais nada
Eis a tragédia:
O ponto final é fatal parada...

Assim, triste vou
Andando
Ou alegre estou
Parando e amando
Preso e liberto
Nesse intervalo de ser e não ser
Difícil questão?
Mas por que não?
Justa busca do sentido de haver
Nesse eterno movimento
Que é acordar sem saber
Querendo encontrar quem se é
Morrendo e
Sendo...

...

...

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