quarta-feira, 3 de abril de 2013

A MÁQUINA DE DISTRIBUIR SOPAPOS...



A máquina de distribuir sopapos chegara à cidade
Atração de um circo cujo nome agora nos falha
Quanta gente lá se enfiava
À espera de um tapa bem dado na cara...

Proporção havia
Na geringonça que mal se conhecia
Quem dizer poderia
Como aquela máquina por dentro procedia?
(...) Não se sabia!
O que é certo é que proporção havia
Ao jovem, um peteleco
Se adulto fosse, um belo de um tabefe recebia
Agora, aos velhos?
Uma saraivada de bolachas cabia...

A máquina de distribuir sopapos tinha um porém
Não negava atenção a ninguém
Ainda que humilde, o sujeito ganhava no rosto uma homenagem também
A verdade é essa
Pouco se sabe a razão de quem inventou essa peça
Mas o fato é que aos clientes de melhor aparência
Um sonoro tapa os encontrava na altura da decência...

Porque tantos procuravam a máquina de distribuir sopapos é pergunta de girico
Há mais coisas entre o céu e a terra do que sonha a nossa vã filosofia
O curioso, todavia
É notar que a engrenagem idade não tinha
Mais velha sendo do que qualquer um que dela usufruía...

Sempre houve aquilo que tapas distribuía
E para receber o seu
Bastava na fila esperar
Mais cedo ou mais tarde
Quem diria?
Haveria o seu dia chegar...

A máquina de distribuir sopapos não saia do lugar
Soube-se então
Que eram os homens a parte a lhe visitar
Quem soubesse como dela se safar
Morreria antes
Sem o precioso segredo revelar
Mas,
Deixe estar...
Há sempre um bom motivo para na fila aguardar...

Há um circo na cidade
E nele, sua atracão principal:
A máquina de distribuir sopapos
De preço único
Barato e caro ao mesmo tempo
Quem dela quiser fazer uso
Que faça
A contento...

...

...

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