domingo, 4 de agosto de 2013

Pouco me interesso...

O mundo pouco me interessa
O mundo é mundo desde que o mundo houve por mundo querer ser
E assim existiu antes,
Antes de mim e dos outros, que a esse mundo tiveram por contrato a obrigação de comparecer.
Com o perdão da blasfêmia, mas...
Que culpa tenho eu de viver?
O que me interessa é o mundo que não se pode ver
Esse sim, o de mentira, aquele que eu faço por vias sinuosas
Acontecer.

O mundo direto não me encanta, é coisa pouca em abundância
Um mundo tão com cara de mundo que bastaria passar por ele mudo para dizer:
Eu vivi.
Desperdício isso, ou exercício de ignorância.
E desse pouco que é o mundo há quem faça tanta questão!
Eu não faço não! Poupar miséria é economia para os tolos
Que a esse mundo vem para enriquecer de migalhas...

Antes o mundo nascesse uma orquestra!
Tocando uma sinfonia nova a cada dia
Mas não
Tudo o que o mundo é chama-se previsível
Ladainha triste de mesma melodia.

O mundo pouco me interessa
Esse que está aí, o que existe
O mundo que vale a pena guardo eu cá dentro, comigo
Talvez um dia eu o invente
Até lá nada digo
Só vivo
Ausente...

...

...

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