domingo, 15 de setembro de 2013

SIGA!

Vivemos na beirada de um leque de caminhos
Todos eles, os caminhos, cada um deles aberto ao convite de se pôr a caminhar
Mas não é curioso que não caminhemos?
Ainda que saibamos que as pernas nossas se movimentam, ora para frente, ora para trás - caminha-se, é certo!
Mas caminha-se?
O que fica é a sensação de que ficamos, estacamos
Sempre na beirada desse leque de caminhos
Cada um deles, os caminhos, tão floridos ao caminhar
Que por alguma razão ficamos
Sem ter aromas que cheirar
Ou cheiramos todos eles, certo?
Ou por tantas cores seduzidos, dormimos
Em sono de olhos abertos
Andando por alamedas sem fronteiras
Vazadas por marcas circulares de passos já dados...
Mas se tudo nos parece um sonho, sonhamos?
Um sonho, de fato!
Sonho concreto de caminhos abertos ao caminhar
Tantos eles, e por tantas placas sinalizados
Que estacamos, ou andamos
Com a sensação de não carregar nada
Nesse círculo que se não é círculo
É encruzilhada...

...

...

Nenhum comentário:

Postar um comentário