segunda-feira, 7 de abril de 2014
Nas margens do rio de fedorentos humores
Capivaras filósofas, gordas e polpudas
Mastigavam capim
Treinadas na calma oriental
Olhares vítreos
E mandíbulas eruditas
Elas
As capivaras filósofas
Desdenhavam da crueza inglória da existência...
Ainda que legiões de vespas cuspidoras de enxofre
Abelhas zumbidoras de buzinas agudas
Ainda que dragões basculantes calibrados na prepotência do existir
Ainda assim
Quando o mundo teimava em fazer-se ouvir
Elas
As capivaras filósofas
Ruminavam em respeito ao anonimato
Sabedoria típica dos ratos gigantes...
Coisa zen
Há muito alhures dos horizontes borrifados com aromas de alfazema campestre
Ali
Nas margens encardidas do que o lixo elegeu como lar
Elas
As capivaras filósofas
Pregam absolutas:
Gronch groch groch gronch
...
...
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário