terça-feira, 15 de abril de 2014
Vejo o mundo pelos meus olhos que o veem
São miúdos os meus olhos
E com eles me basto
Até hoje não recebi do mundo nenhuma intimação:
Estás a enxergar enviesado
Na contramão!
Pretensão alguma guardo eu
De fazer ver os outros o que eu comigo
Vejo
Se cada um tem olhos como eu os tenho
Por que cegam-se em abstrações coletivas
Inventando alcances que sozinhos
Não tem?
Eu vejo pouco e pequeno
Às vezes nem ver eu vejo
Sonho
E fechar os olhos é jeito outro de enxergar, mais fundo
Pedindo licença à paisagem do mundo
Que de tanto vista
Se cansa
E como protesto
Some
Deixando-te vagando
Naquilo que não vendo
Vês
Imaginando
...
...
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