segunda-feira, 26 de maio de 2014

Cansei de rumores!

Revelar-me-ei:

Sou um poço de mistérios...


Desdigo o que digo

Para que tu não digas:

A-há!

Entendo-te!


Pena dos que fazem das letras

Cantilenas

Como carimbo de tinta fresca

Daquilo que ao coração ditam...


Ah, o bendito coração que sente!


Meu circunlóquio é cerebral 

Pauto matérias em encruzilhadas

Regendo sinapses em sinfonias sem sentido

Queres um?

Pois que vá tu consultar teu terapeuta!

Oh bendita fase de crises hiperdramáticas!


Tudo o que foge ao ritmo sem motivo

Vira heresia excêntrica 

Sem gramática!


Disse eu ao meu poema:

Revoltai-vos, oh versos dodecassílabos!

Pentâmetros iâmbicos

Brancos e compostos

Que o mundo não vos imponha essa coisa linda de reverberar por dentro o que por fora não chegai sequer perto de raspar!


Fora! Fora! Fora! 

Fora o com as delícias do recheio

Que empapam o focinho de delícias

Enjoando as mais resistentes tripas! 


Danem-se as substâncias!

O que eu quero é remar

Bem pra lá

Para longe da mesmice 

Na crista da onda

Da superfície!


...


...

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