Despedaço-me em vozes que sei que não tenho
Componho traços que fogem daqueles que me denunciam
Aspiro desejos de fuga
Não de encontros
A unidade me é insuportável
Prefiro antes a doença da desfaçatez, do ludibrio de caráter
Sou ator porque não me suporto
Quem sou?
Uma mentira
Minha vaidade é gostar do quanto de mim sou capaz
De me afastar
Não sabendo nunca quem sou
Insisto
Em não saber
...
...
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