Ensinaram a um gato a ser ator, e, como o cinismo lhe era congênito, grandes dificuldades não teve ele em ceder aos bigodes a tarefa de fingir estados de humores que não eram os seus. Então chegou o dia em que um cão ousou arriscar a mesma carreira, mas, como era sincero demais - coisa denunciada pelo rabo, sempre propenso a revelar o estado de espírito da alma -, naufragou de imediato, deixando, ainda que a contra gosto, ao rival felino o futuro das artes dramáticas.
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